Sou Policial! Sou culpado até prova em contrário!

Nossa Constituição e as Leis proíbem a discriminação - e por conseguinte o preconceito - em relação a diversas coisas, como cor da pele, a religião, o sexo e a orientação sexual. Também proíbe pela condição econômica e social e nesse caso enquadram-se todas as pessoas, não podendo ser discriminadas por serem pobres ou ricas, motorista, motociclista ou ciclista etc. Policiais também!



Quando se trata de emitir opiniões pré-concebidas sobre pretos e homossexuais, todos ficam cheios de dedos, pois temem por serem censurados pela imprensa e por grupos ligados a pessoas que se enquadram neste perfil.
O que chama a atenção é que o mesmo não acontece contra brancos e heterossexuais, por exemplo, onde qualquer um vem e tasca seu preconceito sem o mínimo filtro moral.
Parece que a lei é seletiva, quando na verdade não o é; afinal nossa constituição afirma categoricamente que "todos são iguais perante a lei".
Com os policiais não é diferente!
Todos são violentos, assassinos e psicopatas; e pronto!
Ditos "especialistas", jornalistas e presidentes de ONGs destilam seu preconceito à vontade contra essa categoria que, no mundo civilizado, é elevada à condição de Herói.
Em relação à cartilha de que já tratamos, parte-se da mesma premissa, senão vejamos o que diz o Senhor Rildo Marques de Oliveira, Presidente do tal Condepe:


Vejam como ele parte do pressuposto de que os policiais são violentos nas abordagens, em especial nos bairros periféricos (é isso o que ele quer dizer com "sobretudo nos bairros em que mais acontecem incidentes de abordagens mal feitas") e ao final usa a expressão "direitos legais" ao invés de legalidade, querendo incutir em quem lê que o ato de abordagem policial é uma afronta aos direitos de cidadão do abordado.
Essa é a única fala dele retratada na matéria. Direitos e não deveres.
Lembram-se que a busca pessoal é um ato legal do policial?
Mas eu dou um desconto para o Senhor Rildo, afinal não é ele que fez a matéria de utilidade pública, foi o jornalista Felipe Resk. Esse sim, com o compromisso de bem informar seus leitores, deveria buscar algo mais; porém qual profissional de polícia foi também procurado para tratar do tema?
Nenhum!
Sequer procurou mesmo; pois poderia ter procurado e as Polícias se negado, colocando ao final da matéria: "Procurada a Polícia Tal, não recebemos qualquer manifestação até o fechamento desta matéria".
Talvez ele quisesse passar a ideia de que policiais fazem abordagens porque lhes dá na veneta! Apenas o exercício do arbítrio que caracteriza essa classe de profissionais, não é mesmo?
Parece que policiais não têm direito à Dignidade Humana e são culpados até prova em contrário...
Policiais Militares então...

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