Policiais devem ou não andar armados?

Há Polícias no mundo em que seus agentes não andam armados.

Isso poderia ser estendido às demais Polícias?

A resposta é bem jurídica: Depende!

O Portal UOL trouxe uma matéria sobre Polícias no mundo em que seus integrantes atuam desarmados.

Ver matéria aqui.

Infelizmente nossa imprensa não está muito preparada para tratar de assuntos como Polícia e Segurança Pública, vez que esse debate sempre passa pelo viés ideológico da negação da polícia no Brasil e tudo acaba virando um motivo para criticá-la, especialmente fazendo comparações impossíveis.

Qual a similaridade entre um limão e uma abóbora?

Fora o fato de ambos serem do reino vegetal e compartilharem alguns genes, não têm mais nada em comum!

O mesmo acontece quando queremos traçar paralelos entre Polícias de países no mundo.

Curiosamente, a matéria traz exemplos de Polícias do Modelo Anglo-saxão, que já foi matéria em nosso blog; entretanto, para quem já leu ou teve a curiosidade de ler agora, os EUA têm sua polícia nesse modelo e andam armados até os dentes, o que por si só já deixa bem claro que países com realidades diferentes organizam suas polícias de modos diferentes.

Claro que indubitavelmente o jornalista enveredou pela chamada "letalidade policial" no Brasil, em relação à explosiva e incontrolável Islândia!

Obviamente buscava comparar a Lua e o sapo!

Esqueceu-se apenas de dizer que nos países apontados na reportagem, não são só os policiais que não portam armas (exceção às Equipes Especiais), mas os cidadãos também são proibidos de portá-las!

É, caro leitor! Nesses países só o Estado pode portar armas.

Assim fica um pouco mais fácil; concorda?

Agora em um país como o nosso onde o crime tem, à profusão, armamento de guerra, como querer que nossos policiais andem desarmados?

Fora o desvio de foco: fala-se de letalidade policial com 3.000 bandidos mortos em 2015 e desconsidera-se os 60.000 que morreram nas mãos de bandidos!

No livro Cultura do Medo, de Barry Glassner (que eu recomendo, pois é um tema muito interessante e envolve aspectos de Engenharia Social), entre as táticas dos políticos e partidos para enganar e iludir o povo, tem a de que "pessoas más, substituem políticas públicas más". Como o governo no Brasil, em seus diversos níveis, foi e é incompetente em combater a violência homicida, pois seus números só crescem, então ele elegeu as "pessoas más": os policiais!
E como no livro de Barry Glassner, a imprensa tem que fazer a sua parte; ainda mais se paga a soldo, seja pelo vil metal ou ideologicamente. No caso ambos!

Primeiro precisamos de um país com governo e governantes de primeiro mundo e depois teremos uma polícia de primeiro mundo!

Porque hoje o que temos no Brasil não são policiais, mas verdadeiros Santos Milagreiros!

Modelo Europeu Continental: Policiais armados!

Observação: Quando lerem a matéria, não deixem passar despercebido um comentário de que no Reino Unido um artista famoso constrói um memorial sempre que um policial é morto no cumprimento do dever. Igual aqui! Adoraria que um jornalista fizesse isto...