Concordo com o Senhor Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Procurador de Justiça Mágino Alves: já estão falando demais!
Créditos: Rafael Arbex/Estadão Conteúdo - 3.6.16
Querem saber de uma coisa: "já deu nos picuá essa história", como diriam no interior!
Concordo com o Secretário de Segurança Pública de São Paulo: tem gente falando demais!
Como a praga da policiofobia infesta as redações de nossa imprensa! Meu Deus!
O fato de um menino de 10 anos estar armado, em nada diminui a injusta agressão que ele praticou contra a vida e a integridade dos policiais.
Hoje, mais uma vez, os policiais depuseram e reiteraram sua versão!
Desde que o lúcido e sapientíssimo - e quase nada preconceituoso - Ouvidor das Polícias começou a dar sua opinião "balizada em fatos" e entrou na história o já Vetusto Senhor Ariel (aquele das crianças fardadas, lembram-se?), o comparsa de 11 anos que está vivo e bem já deu três versões diferentes!
No dia, na delegacia do DHPP - Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa - da Polícia Civil de São Paulo, em presença de sua mãe, confirmou que Ítalo, o criminoso de 10 anos, atirou contra os policiais.
Numa segunda versão, após o Senhor Ariel e o Ouvidor Falador, ele disse que atirou mas não depois do carro parado.
Numa terceira, já não houve tiros e a arma foi plantada!
Senhor Ariel, essa sequência de versões podem transparecer a quem vê, que há de certa forma pressão em fazer o menino mudar depoimentos para atender a interesses político-ideológicos; o que também pode ser interpretado como crime, segundo o ECA. Mutatis mutantis, poder-se-ia alegar que há tortura, viu! Ele é inimputável, os adultos envolvidos não!
Dia 9 de junho próximo passado, foi ouvida a mãe de Ítalo, que de mulher desnaturada hoje foi elevada pela imprensa, pelos ditos Organismos de Direitos Humanos e pelos odiadores da Polícia de plantão, à condição de Imaculada Concepção! Pelo quadro que pintam creio que nem Nossa Senhora, a Virgem Maria, Mãe de Jesus, o Cristo foi tão mãe quanto a ex-presidiária que deixava seu filho ao Deus dará às expensas da avó e perambulando pelas ruas lá e cá. Bom, entre tantas coisas ela disse que seu "filho" não sabia dirigir!
A que ponto chegamos! Os policiais "plantaram" a estória, os tiros, a arma e agora até o carro!
Danem-se as imagens, danem-se as testemunhas, danem-se as vítimas! O bandido só tinha 10 anos, pô!
Já no dia dos fatos, o Ouvidor de Polícia veio alegando ser muito difícil uma criança de 10 anos dirigir um carro. É mesmo?
Vejam o vídeo abaixo:
Ainda ele, nesta linha de raciocínio, juntamente com Ariel e a Imaculada Concepção duvidam de Ítalo poder estar armado e atirar contra a polícia.
Desculpem, mas contra a avalanche da imprensa a gente precisa esgotar a lógica do discurso distorcido, por isso, convido a verem o vídeo abaixo:
Ele também tem 10 anos! E aí? Como ficamos?
Não bastasse e, antecipadamente, peço escusas pois este espaço do blog é para se falar de Polícia e de Segurança Pública, buscando valorizar a todas as Polícias Brasileiras e não opinar em detrimento de uma ou outra; mas Delegados, no mesmo dia 9p.p., tiveram a infeliz iniciativa de dar entrevista questionando o Laudo do Exame Residuográfico e falando de pólvora e que a mera aposição da arma na mão do menino já propiciaria o positivo. Isso é uma mentira! Como vocês podem verificar no link colocado, esse exame constata a presença de metais e não tem nada a ver com pólvora. Essa entrevista foi duplamente lamentável: primeiro, por que faz questão de por em dúvida a ação de policiais de outra instituição policial, no caso a Polícia Militar, e segundo, por fazer uma afirmação tecnicamente inverídica, vez que não posso acreditar que policiais, profissionais que são, não sabem como se dá o exame residuográfico.
Tanto foi infeliz que motivou o desabafo do Secretário de Segurança Pública e fez com que o DHPP emitisse a seguinte nota:
É isso! A nota é perfeita!
Todos (todos!) deveriam se limitar a afirmar que as investigações estão em curso e devem confiar nos Órgãos que apuram estes fatos, pois estão envolvidos o DHPP, a Corregedoria da Polícia Militar, o Ministério Público e a Justiça (através do Tribunal do Juri); ou será que o Ouvidor, o Ariel, a Imaculada Concepção e a Imprensa creem que estas Instituições estão em um complô sinistro para proteger dois policiais que quando acordaram naquele dia falaram de si para si mesmos: "é hoje que deito um muleque de 10 anos...".
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